Assim que são retirados os capuzes, os personagens com a vista embaçada começam a ver lentamente uma forma descomunal à sua frente de um homem grande, forte, corpulento e com o rosto todo deformado por cicatrizes e cortes. A seu redor está um vilarejo de casas feitas num barro preto em formato de grandes iglus, de cada casa sai das chaminés uma fumaça escura. O chão é de barro preto rachado, e tem poucas pessoas nas ruas neste momento. Os escravistas estão comercializando-os diante da entrada de uma grande caverna com inclinação para baixo.
O homem corpulento veste uma armadura de placas e carrega nas mãos um chicote, e assim que os personagens recobram um pouco da visão o homem começa a espancá-los para que caminhem rumo à entrada da caverna.
Caminhando rumo ao interior da caverna, os personagens começam a ver que após uns 300 m da entrada da caverna existe uma grande mina. Construída com alicerces de madeira, a mina não demonstra pontos frágeis. Vários homens acorrentados trabalham nesta área sob a constante ameaça dos escravistas com seus chicotes.
Dentro da Mina há um grande hall e uma grande sela cheia de escravos descansando. Ao chegarem, os personagens recebem um pão e um balde de água para repartirem entre si. Após entrarem na cela, o homem da uma última chicotada em um dos personagens e sai rindo.
Durante a noite os personagens podem:
- Tentar conversar com os demais escravos. Porém, a maioria dos escravos está cansada e não querem conversa, sendo até rudes em suas respostas.
- Existe um homem disposto a conversar, apesar de seu jeito um tanto quanto insano, psicótico e alucinado, tem interesse nas idéias dos personagens e diz saber como sair deste inferno. Ele comenta que poucos duram mais de um mês nas Minas Pajin. E os que sobrevivem ficam igual a ele. Seu nome Jargg Drawer, um ex-estivador do porto de Iark. Nota: Apesar de alienado, Jargg é sóbrio e pode se tornar um bom aliado.
- Caso tentem fugir nas primeiras noites, descobrirão que as grades são reforçadas e eles terão pouca ou nenhuma chance de conseguir ferramentas para provocar uma fuga. Ainda, haverá vários guardas espreitando, são quatro torres de observação, feitas em madeira ocupada por duas sentinelas e equipada com um sino de alerta, que se acionados traram uma grande quantidade de soldados para conter a situação.
- Caso tentem criar um motim, os demais presos irão denunciá-los aos guardas e os personagens amotinados irão sofrer duras penas.
Cada homem recebe dois baldes de madeira de aproximadamente 5 litros, uma pá pequena e uma tocha. A tocha é acesa na entrada da mina por uma sentinela, então o povo entra na mina e passa por vários corredores, descem alguns níveis até chegarem ao ponto de trabalho. Sempre supervisionados pelo homem corpulento que de vez em quando agride os personagens com chicotadas.
Dentro da mina a escuridão é intensa, cortada pela iluminação das tochas, o lugar é muito quente e úmido, chegando a ser sufocante. O sal resseca a pele causando rachaduras, principalmente nas mãos e nos pés. As pessoas criam ferimentos nas vias respiratórias, passam a sangrar pelos olhos até ficarem cegas e com sorte morrem logo.
As grandes pedras de sal são encontradas aos montes misturados a terra que é recolhida de balde e são lançadas num monte comum onde os coletores selecionam o sal da terra e o enviam para a superfície.
Assim os personagens serão castigados durante um mês, quando durante o expediente o homem corpulento puxa conversa com um dos personagens do grupo. Ele diz, com voz roca:
— "Pois é vocês estão aqui e logo vão morrer. Penso comigo que meu fim nesta caverna logo chegará, quero descansar um pouco e se você e seus companheiros estiverem com vontade de sair daqui, eu os auxiliarei, mas não irei embora sem minha parte do quinhão. Esse é o preço de sua liberdade. Vocês me ajudam a roubar o tesouro do mestre da mina e eu auxilio vocês a fugirem. Daí, por Wadan (Odin), cada um segue seu destino."
- Ele só aceitará a resposta sobre a fuga da mina se houver o roubo do mestre da mina;
- Qualquer outra pergunta será respondida com uma chicotada bem dada e os seguintes dizeres: "Para de dormir e vai trabalhar para ver se vão encontrar uma razão de estarem vivos amanhã."
No dia seguinte o homem corpulento diz: "Aqui estão quatro espadas curtas, dois arcos curtos e duas aljavas com dez flechas cada. E as entrega aos personagens. Preparem-se para a batalha. Aquele que tiver medo de morrer que tenha boa morte, aos demais, que vivam."
Então ele passa a explicar um plano para fugirem: "Bem, eu irei levá-los amarrados ao meu encarregado lá no distrito inferior, onde são sacrificados os preguiçosos. Fiquem tranqüilos, pois o nó será feito de modo que com um puxão ele se desfaça. Então quando chegarmos lá, eu anuncio o assalto e nós teremos de lutar contra três guardas. E dali há um túnel abandonado que nos levará a saída norte. Dali para frente cada um segue seu caminho."
E como dito ele prepara os aventureiros, alerta-os para não estragarem o plano, pois senão terão de enfrentar muitos soldados e a chance de sucesso será quase impossível.
Eles começam a caminhar pelos corredores, tendo escondido suas armas em sacos de linho, disfarçados com as ferramentas de trabalho. Durante a caminhada por aqueles caminhos escuros ouvem-se os murmúrios dos demais escravos abismados e cientes do fim trágico que os espera.
A caminhada é longa e os soldados no caminho apontam em sua direção e começam a rir. Gargalhadas sinistras de prazer por saber que caminham para a morte. Parece que irão prestar um espetáculo àqueles homens.
Então finalmente os aventureiros chegam a um acampamento feito dentro das minas, há uma construção de tijolos de pedras com cerca de 100m² e do lado de fora da construção há três soldados armados com lanças e bestas. Eles guardam uma imensa porta de ferro.
Ao chegarem ao local, o homem corpulento diz:
— Abram à porta, tenho de me dirigir ao encarregado Lohn.
— Sim, Sr. Ariann. –disse o soldado.
Então açoitando os aventureiros Ariann empurra os personagens para entrarem na sala do encarregado. Assim que todos entram na sala, a porta de metal é fechada e trancada por fora. Dentro da sala estão duas sentinelas com espadas embainhadas nos cantos da sala e a frente sentado em uma escrivaninha esta um homem bem arrumado, escrevendo em papiros.
A sala é grande e com poucos moveis, há alguns escudos decorativos nas paredes, a luz do ambiente é fornecida por quatro tochas, ao fundo é possível ver um grande corredor e dentro desse corredor é possível ver que existem grades e bem ao fundo um sino de alerta.
Dentro do corredor há uma prisão com sete homens muito debilitados necessitando de tratamento médico. As pessoas lá dentro não têm condições para responder a nenhuma questão, estão sem noção de juízo e delirando. Suas condições são desumanas.
O homem se levanta e diz indignado: "O que Ariann, esses imprestáveis já estão refugando trabalho, aplique-os um castigo severo e ponha-os a trabalhar. Eles ainda não deram lucro."
Então Ariann dá um sacão na corda que prende os aventureiros libertando-os e diz: "Eu que já lhe dei lucro demais. Liberdade!"
Haverá o combate entre os aventureiros e os soldados. Haverá um soldado que tentará ir para o fundo do corredor tocar um sino de modo a alertar os guardas do lado de fora e deixar todos que estão dentro presos por cinco dias.
O nível do combate deve ser difícil.
Os inimigos são formados por dois soldados experientes mais o Encarregado Lohn.
- Se os aventureiros derrotarem os guardas sem deixar com que o soldado chegue a tocar o sino de alerta; eles poderão sair pela porta principal novamente;
- Caso derrotem os guardas, mas deixem com que o guarda toque o sino de alerta, então, a porta será trancada por cinco dias e os personagens ficarão com fome e sede. Então uma tropa cinco soldados irá romper o local e tentará capturar os aventureiros vivos ou mortos. São cinco guardas experientes portando escudos e espadas.
- Se Ariann vier a morrer em combate, os personagens terão de se resolver com um plano de emergência, tal como pegar um guarda de refém para tentar achar a saída.
- Os aventureiros vencerem os guardas e Ariann permanecer vivo. Então, Ariann irá até a escrivaninha e abrirá uma gaveta e pegará vários pergaminhos. São mapas que conduzem por várias galerias desativadas.
- Caso Ariann esteja morto ao fim do combate, os personagens deverão encontrar na gaveta, os pergaminhos com os mapas das galerias desativadas da mina e achar a saída por si, caso saibam ler mapas.
- Após acharem o meio de sair, os aventureiros irão sair pela porta da frente e irão embora pela lateral norte da prisão, onde encontrarão um túnel desativado que poderá levá-los a saída das minas de sal.
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